Era um corpo, uma casa,
que por fora estava maquiada, mas por dentro estava destruída. Tudo parecia bem,
mas só parecia. Um dia, decidiu por fim em toda aquela situação, construção.
Tudo não fazia mais sentido para ele. Tentava aguentar o máximo que podia, e
vivia atrás de conselhos para melhorar toda sua pintura, mas, tudo que ele
ouvia, era o mesmo de sempre. Seus olhos, suas janelas, tinham
infiltrações de água todos os dias. E a cada noite desmoronava sua alma. O
tempo tinha sido cruel para com todos, e ele percebia as outras construções tão
seguras e fortes. E ele estava pensando, em quanto tempo ele continuaria
fingindo ser feliz. Era hora de por um final em tudo aquilo. O que ninguém
entendia, é que uma alma como aquela em ruínas nunca teria concerto. Um
sentimento de tormento o tomava a todo instante, e sabia que só uma coisa o
traria paz. Aquela noite foi seu último desmoronamento. Adormecendo para sempre
em meio sua destruição.
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