Um baú. Cada
pessoa é como se fosse um baú. Tudo que fazemos durante todos os dias é obter
acontecimentos nas nossas vidas e tudo que acontece vai se acumulando dentro de
cada ser, dentro de cada baú. Alguns são cheios de recordações tristes, como
problemas com a família. Aquele pai que nunca conheceu, ou até aquela mãe que
nunca te deu um incentivo, ou até um carinho. Amores não correspondidos ocupam
quase a maioria de todos os baús deste mundo, mas muitos deles também guardam
boas recordações como, por exemplo, a primeira vez que conseguiu pedalar de
bicicleta, ou até aquele dia em que seus pais não te deixaram tomar banho de
chuva, mas mesmo assim você foi porque sua vontade de guardar aquele momento
feliz foi maior do que guardar um momento emburrado por sua mãe não ter deixado
você se molhar na chuva. Quando crescemos, a maioria dessas recordações mudam.
Começamos a achar que os dias são todos iguais, e que o ano se passa como o
sopro que fechou as janelas, mas o diferente nós não percebemos. O diferente
existe, e sabe o que ele é? A resposta estava na sua frente o tempo todo, é
simples, a resposta era o tempo todo o outro baú. Porque esquecemos que próximo
da gente sempre existe outro ser que também guarda dentro de si muitas
histórias boas, e também muitas histórias ruins, mas elas estão ali para serem
descobertas, assim como você também está para ser descoberto. Só nos falta uma
coisa. Uma das coisas que considero a mais difícil de achar. A chave que vai
abrir cada baú. Ela vai estar em qualquer lugar menos nos bolsos de cada ser.
Ela pode estar em suas mãos, na sua mente ou até em seus pés, mas na verdade ela
quase sempre vai estar dentro de cada coração, é lá que na maioria das vezes
vamos encontrar a chave que vai abrir cada baú, cada ser. E só assim vamos
poder descobrir o mundo ao nosso redor, e fazer de cada dia um dia diferente,
pois estaremos fazendo novas descobertas sempre.
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