segunda-feira, 27 de novembro de 2017

friEND


Havia entre quatro paredes
Tu e eu
Quem iria acreditar
Dois amigos a conversar
Jogando palavras ao vento
Entre um olhar e outro
Queria eu pousar em teus braços
Provar desse desejo
Beijar sua boca
Te abraçar contra a parede
Sentir suas pernas nas minhas
Arranhar tuas costas
Peitos desnudos a suar
Dois corações ardentes
Mas, eram apenas desejos
No canto do meu olhar
Tento disfarçar
Te escuto contar suas ultimas palavras
Penso baixinho
Será que somos apenas amigos?

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Pedras nos Bolsos



A vida me ensinou que as águas do rio descem, e as folhas que nele caem são levadas para o fim. Aprendi que nunca devo voltar atrás, mesmo não sendo nada fácil, mas como no final de uma frase, o ponto final se faz necessário. Fui feliz a um tempo atrás, e felicidade tem data de validade. Preciso correr atrás de novas distrações, novos sorrisos, novos sonhos. Dormi muitas noites triste, esperando amanhecer um dia mais alegre. Amanheci com a mesma sensação ruim da noite anterior, e isso só reforça a ideia de que tenho que seguir em frente. Uma âncora me puxa para baixo, mas serei como o mar violento. Vou devastar toda essa praia numa noite de ira. Está decidido. Vou esquecer você!

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Sobrevivência


Nos conhecemos no meio da noite fria. Dois corpos precisando do calor um do outro. Te levei para minha casa, e nos aquecemos até de madrugada. Ao som do amanhecer, meu coração fica mais leve, pois achei você pra mim. Saio na rua, antes de todo mundo, pois os passarinhos que não devem nada a ninguém já estão voando por aí. Sento na calçada e penso. Será que o amor está de volta? A vida me ensinou a ser tão frio, e agora me mostra que nós precisamos de calor para sobreviver. Ele dorme calmo lá dentro, no aconchego do meu coração.

domingo, 5 de novembro de 2017

Casa Abandonada

Era um corpo, uma casa, que por fora estava maquiada, mas por dentro estava destruída. Tudo parecia bem, mas só parecia. Um dia, decidiu por fim em toda aquela situação, construção. Tudo não fazia mais sentido para ele. Tentava aguentar o máximo que podia, e vivia atrás de conselhos para melhorar toda sua pintura, mas, tudo que ele ouvia, era o mesmo de sempre. Seus olhos, suas janelas, tinham infiltrações de água todos os dias. E a cada noite desmoronava sua alma. O tempo tinha sido cruel para com todos, e ele percebia as outras construções tão seguras e fortes. E ele estava pensando, em quanto tempo ele continuaria fingindo ser feliz. Era hora de por um final em tudo aquilo. O que ninguém entendia, é que uma alma como aquela em ruínas nunca teria concerto. Um sentimento de tormento o tomava a todo instante, e sabia que só uma coisa o traria paz. Aquela noite foi seu último desmoronamento. Adormecendo para sempre em meio sua destruição.

ir embora

  Me deixe em paz. Quando eu quiser ir embora, me deixe ir. Você não precisa me dizer mais nada. Não precisa fingir que somos amigos. Não pr...